Kaixa

Análise do filme: Flor do Deserto
O filme “Flor do Deserto” retrata de forma fiel a cultura na Somália. Baseado em fatos reais, ele narra a história de Waris Dirie (atualmente embaixadora da ONU), que quando criança sofre mutilação genital feminina a qual, como retratado, vem a ser um ato torturante em tais crianças. No decorrer do filme, notamos a grande dificuldade que Waris passou até alcançar o patamar que hoje ocupa.
Passa a adolescência apenas trabalhando na Embaixada, sem sair da casa, por isso mal aprendera a falar o idioma inglês. Após o término de uma Guerra na Somália todos da Embaixada foram convocados a retornar ao país. Waris foge pelas ruas de Londres e com ajuda de Marylin (Sally Hawkins), que acaba se tornando sua amiga, consegue emprego como faxineira em uma lanchonete. Lá, enquanto trabalhava, foi observada por um grande fotógrafo Terry Donaldson (Timothy Spall), que a lançou no mundo como modelo. Embora tenha conquistado títulos que jamais pensara ter, suas lembranças ainda a perturbam, sendo que ao ser entrevistada por determinada revista conceituada, relata todos os fatos que as meninas na Somália tendem a enfrentar quando criança. Converte-se então, em uma defensora contra a mutilação feminina na Somália, se tornando Embaixadora da ONU.
O longa de fato, prende a atenção do telespectador, fazendo-o não parar um segundo qualquer. Sua trilha sonora faz com que quem assiste ao filme, se imagine dentro da história, como Desert Flower (Instrumental).
O modo como Sherry Hormann apresenta está história ao publico é realmente sem igual. Não privando o publico de qualquer detalhe. Podemos nos sentir fragilizados em todas as cenas, pois uma cultura é apresentada a nós, que vivemos em uma cultura totalmente oposta. Observando e analisando que algo para tais pessoas é trivial, enquanto a nós, é desumano, é irreal!
No entanto, o realismo chega ao extremo ao observarmos o ato cruel da mutilação feminina. E, embora seja importante, não é uma cena a