Kadafi
"Claro que somos favoráveis ao fim do banho de sangue, mas Kadafi deve primeiro se demitir e partir. Se isso acontecer, não envolveremos a Justiça contra ele", disse o líder da oposição.
Ele contou ainda que recebeu a visita de advogados militantes de Tripoli que se ofereceram como intermediários para acabar com a repressão do governo contra os manifestantes.
No entanto, um responsável do governo desmentiu nesta terça-feira que exista uma proposta de negociação oficial por parte do regime.
Mais cedo, um porta-voz da oposição havia assegurado que uma possível oferta de negociação por parte de Kadafi seria rejeitada imediatamente.
"Não vamos negociar com Kadafi. Ele sabe onde fica o aeroporto de Tripoli e o que ele tem a fazer é partir e pôr fim ao banho de sangue", afirmou Mustafa Gheriani, assessor de imprensa do Conselho Nacional criado pela oposição.
Sanções europeias
Os 27 países da União Europeia confirmaram nesta terça-feira ter chegado a um acordo para decretar novas sanções contra a Líbia, visando principalmente um fundo soberano e o Banco Central do país. As novas sanções deverão entrar em vigor até o final desta semana, depois de passar pela aprovação formal dos membros do bloco.
Com a decisão, os europeus tentam atingir o governo de Muammar Kadafi congelando os bens da multibilionária Autoridade Líbia de Investimento (LIA) e ativos do Banco Central. A LIA gerencia a renda do petróleo do país e comprou nos últimos anos participações em grandes empresas europeias.
Há uma semana, a União Europeia havia chegado a um acordo sobre o embargo à venda de armas para a Líbia, a proibição de viagens e o congelamento de ativos de 26 autoridades líbias, incluindo o dirigente Muamar Kadafi.
Novo ataque das