Júri simulado sobre tiradentes.
(No tribunal já estão presentes o júri, o público e o escrivão. A juíza entra na sala e neste momento todos se levantam. Ainda de pé a juíza inicia a sessão.)
Juíza (SÂMEA): (bate o martelo) Está iniciada a sessão. Sessão em que será discutida a culpa ou a inocência do réu Joaquim José da Silva Xavier, alcunha Tiradentes. Que entre o réu.
(Neste momento entra o réu acompanhado por um soldado que é colocado em uma cadeira defronte a juíza)
Juíza (SÂMEA): Entrem as testemunhas e perante o livro sagrado façam seu juramento.
Testemunhas (TODAS): Juro falar a verdade, nada mais que a verdade, nada além da verdade.
(As testemunhas se sentam e a juíza fala)
Juíza (SÂMEA): Que entrem os advogados. (Entram os advogados de acusação e defesa. O advogado faz uma reverência e inicia sua fala)
Advogado de acusação (TAILANE): Bom dia meritíssima. Bom dia senhores e senhoras do júri. Bom dia cidadãos de bem. Estamos aqui diante de um revoltoso. Revoltoso que para atender os interesses pessoais por estar insatisfeito por não ser promovido na carreira militar e pela infelicidade de ser um simples alferes, incentiva uma revolta contra a majestade do Rei, contra o governo absolutista. Seus planos eram os mais sórdidos. Em uma época como essa em que a autoridade do Rei é suprema, o ambicioso alferes planeja forma de governo republicana, onde seu presidente durante três anos seria Tomás Antônio Gonzaga um dos revoltosos que foram nomeados inconfidentes. Vale ainda ressaltar que o senhor que tem por alcunha Tiradentes poderia ser considerado como um louco. Meritíssimo, veja os absurdos planejados por esses inconfidentes. Senhores e senhoras do júri, cidadãos, uma revolta como essa que além de ter como objetivo a construção de um governo republicano, planejava também uma forma de rebelião na qual se elegiam chefes e cabeças. Creio que diante dos fatos apresentados e do crime de Lesa-majestade cometido pelo réu, a digníssima juíza não fechará seus olhos