Juventude e violência na escola
INTRODUÇÃO
1º Bloco: Violência: múltiplas faces
O que é violência?
Um atributo da pessoa humana? Um traço contemporâneo? Um componente do DNA?
do sujeito
“é, hoje, praticamente unânime [...] a ideia de que a violência não faz parte da natureza humana e que a mesma não tem raízes biológicas” (MINAYO, 1994).
“fenômeno histórico-social, construído em sociedade”, portanto,
“pode ser desconstruída” (MINAYO, 1999).
“Violência seria, então, qualquer situação em que o ator social perde essereconhecimento, mediante o uso do poder,da força física ou de qualquer outromeio de coerção, sendo então rebaixado da condição de sujeito a condição de objeto.
Ora, colonização do mundo da vida nada mais é do que a perda generalizada dessa condição: e, portanto, violência por si própria, que gera mais violência, que,por sua vez, substitui mais ainda processos comunicativos de coordenação da ação.” (Melo,
2010)
• Violência x agressividade:
• Violência estrutural: engrenagens de uma sociedade da produção e do consumo geradoras do apartheid social.
“A violência seria também representadapela exclusão e desigualdades sociaisou estaria a elas associada.” (Melo, 2010)
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• Violência conjuntural, circunstancial e difusa: eventos isolados e efêmeros resultantes de processos bem localizados: manifestações.
• Violência epidêmica: crônica, silenciosa e abrangente que faz parte de um modus operandi de um grupo, de um seguimento
Por que alguém se torna violento?
Perspectiva instrumental: isto é, para se obter vantagens econômicas, sociais, políticas e vencer a luta pela sobrevivência.
Perda da subjetividade e também a consequente perda do reconhecimento: a inserção nas tramas da violência “traz a marca de uma subjetividade esmagada” (Guareschi, 2006)
Comportamentos patológicos: corrosão de valores e normas, vínculos e identidades e solidariedades, enfim, a fragmentação e dilaceramento do tecidosocial e das estruturas que