Juventude hoje
Na primeira metade do século XX, haviam termos como “juventude transviada” ou “rebeldes sem causa”, articulados a um discurso cientifico proveniente de uma psicologia do desenvolvimento. Essa fase foi determinada como um período marcado por contestação aos “padrões familiares e culturais herdados das gerações anteriores, principalmente a de seus pais”. Dessa forma, grande parte das mazelas sociais acabava por ser creditada a essa parcela da população. Os jovens são vistos como geradores de problemas, outra hora são vistos como vitimas da população e que precisa ser objeto de maior atenção. Violência e juventude também se apresentam associadas à sexualidade, às drogas e à educação escolar, relacionando essas questões, principalmente, com os jovens de baixa classe social.
É na cristalização de um determinado modo de ser, colado à concepção de juventude de uma determinada época social e histórica, que em muitas situações se produz a essencialização da condição juvenil. Numa concepção em que os fenômenos da natureza estavam unidos ao sobrenatural, situava-se dos 14 anos de idade até por volta dos 30, a adolescência, e depois vinha a idade que estava “no meio das outras idades”, chamada juventude. A noção de idade, no entanto, pode ser tomada como uma marca que nos posiciona no mundo, que se inscreve como símbolo cultural que diferencia, agrupa, classifica e ordena as pessoas conforme marcas inscritas