Justiça e Filosofia
Antes de nos aprofundarmos para tentarmos entender como Justiça e Filosofia se unem como o entrelace dos dedos, vamos conceituar separadamente os dois termos.
JUSTICA, inicialmente é uma forma básica de manter a ordem social preservando os direitos em sua forma legal. Mas ao mesmo tempo tem um conceito abstrato no que tange o respeito pelo direito de terceiros. Ela pode ser reconhecida por meios automáticos ou intuitivos nas relações sociais ou na mediação dos tribunais. A justiça deve buscar a igualdade entre todos.
De acordo com o pensamento do filosofo Aristóteles, o termo denota simultaneamente legalidade e igualdade. Assim sendo, justo é quem cumpre a lei (sentido escrito) quanto àquele que realiza igualdade (justiça universal).
FILOSOFIA é uma palavra de origem grega que “amor à sabedoria” e nos orienta a cerca do estudo de problemas fundamentais relacionados à existência, ao conhecimento, à verdade, aos valores morais e estéticos, à mente e à linguagem.
Um filósofo busca o conhecimento de si mesmo, é movido pela curiosidade e sobre os fundamentos da realidade. Ela é intrínseca à condição humana, não é um conhecimento, mas sim uma atitude natural do homem em relação ao universo e seu próprio ser.
Nos tempos modernos, a palavra “filosofia” é muitas vezes usada para descrever um conjunto de ideias e/ou atitudes.
Possível vislumbre filosófico da justiça
O termo “justiça” é cogitado pelos grandes pensadores da história que por sua vez fizeram as suas considerações, como perceberemos na sequência.
Em Platão, a justiça é posta como benefício individual. É a bem-estar da alma, a direção para o correto existir, para a felicidade individual e do Estado. Sendo virtude, é manifestada em níveis distintos nas pessoas. Sua visão predominava no guerreiro a virtude da coragem, no artesão, a moderação, enquanto que, no sábio, a justiça. Desta forma, incumbia ao sábio gerir as cidades. Ainda sobre Platão, Hans Kelsen