Justiça como equidade
Rawls em Uma Teoria da Justiça oferece sua grande contribuição à teoria política. Sua concepção política de justiça como eqüidade não decide se os princípios pensados por Rawls se realizam melhor na democracia da propriedade privada ou no regime liberal-socialista. Considerando as circunstâncias particulares de uma nação, Rawls mostra a possibilidade de tais questões serem solucionadas de forma inteligente e racional. A obra de Rawls fala sobre os dilemas da democracia liberal, quando Rawls esboça uma idéia de compreensão do que seja o justo na sociedade humana. Para isso usa a teleologia, o utilitarismo, o intuicionismo e a deontologia, interpretando-os e os avaliando, para construir o objeto de sua elucidação filosófica, na tentativa de encontrar uma concepção razoável e pública de justiça. Rawls ressalta a relevância do raciocínio e das comparações, ao decodificar a concepção alternativa de justiça, implícita na tradição contratualista de Locke, Rousseau e Kant. Para isso percorre um longo caminho de análise e interpretação do pensamento utilitarista e intuicionista, a fim de sistematizar uma nova teoria da justiça. O pacto social do contratualismo é substituído aqui, por uma situação inicial, que ele denomina de posição original, que abrange restrições de conduta fundamentadas em razões que conduzem a um acordo inicial sobre os princípios da justiça. “A justiça é a primeira virtude das instituições sociais, como a verdade o é dos sistemas de pensamento.”(Rawls,1971) Esse é o intuito de Rawls: elaborar uma teoria da justiça onde se possa interpretar e avaliar proposições que se tornaram convicções ao longo da tradição da filosofia política. Uma teoria não deve ser aceita se não é verdadeira, tanto quanto leis e instituições precisam ser modificadas ou extintas se são injustas. ”Cada pessoa possui uma inviolabilidade fundada na justiça que nem mesmo o bem-estar da sociedade como um todo pode