Justiciamentos
HOMEM E SOCIEDADE:
O CASO FABIANE MARIA DE JESUS
População Justiceira!?
ORIENTADORA: NEUSA MEIRELLES COSTA
SÃO PAULO
2014
Resumo:
O trabalho consiste na percepção das atitudes que levam à população em fazer “justiça com as próprias mãos”. Trazendo alguns aspectos: - culturais, sociais, políticos e religiosos, juntamente com a difusão das informações pelos meios de comunicação.
1. Introdução:
Na abordagem do tema proposto, utilizamos como caso: o linchamento da dona de casa, Fabiane Maria de Jesus, de 33 anos, que foi espancada até morte, em uma comunidade carente no Guarujá, em 05/05/2014. Segundo relatos, ela foi confundida com a suposta sequestradora, do Rio de Janeiro, que era praticante de magia negra, cuja informação havia sido publicada, por meio de boatos, sem quaisquer fundamentos, divulgados em uma página social, de uma rede denominada, “Facebook”.
Acredita-se que as agressões começaram depois que Fabiane entregou uma banana, que havia acabado de comprar, dando-lhe a uma criança que estava na calçada. O ato teria sido mal interpretado por moradores, que a partir de suas motivações pessoais e coletivas, incorreram com o “justiciamento”. Sem levar em consideração a inocência de Fabiane. Decorrendo com sua morte, de forma barbárie, sem lhe permitir qualquer direito de defesa ou proteção de agentes defensores.
2. Origem:
No passado, os “justiceiros” teriam a premissa para devolver o troco na mesma moeda por causa do Código de Hamurabi, criado em 1780 a.C., um dos primeiros códigos de leis escrito na História, também conhecido como Lei de talião, que pregava o princípio de proporcionalidade da punição, no "olho por olho, dente por dente".
Rigorosamente falando, a Lei de talião sofreu mudanças extremas, no qual no Antigo Testamento é tratado como princípio do justo de forma rigorosa, já no Novo Testamento, o princípio fica claro, mas passivo. Isso ocorre por causa da mudança do