JUSTICA COM EQUIDADE
TEMÁTICA: “A intervenção do Estado no pensamento liberal contemporâneo”
HAYEK, Friedrich August von. O caminho da servidão. Trad. Anna Maria Capovilla et al. 5.ed. Rio de Janeiro: Instituto Liberal, 1990, cap. 1º ao 9º e 11º.
RAWLS, John. Justiça como equidade. Cláudia Berliner. São Paulo: Martins Fontes, 2003, p. 55-112. (58 p.)
Friedrich August von Hayek (1899-1992), economista austríaco, era um defensor das economias com base no mercado. Recebeu o Prêmio Nobel de Economia em 1974 e foi agraciado nos EUA com a Medalha Presidencial da Liberdade em 1991. Autor de “O Caminho da Servidão”, obra na qual cita a influência de Karl Marx e outros filósofos alemães que prepararam o povo alemão para abraçar o regime totalitário de Adolf Hitler. Hayek advertia que os cidadãos da América, Grã-Bretanha e outras democracias colocavam sua liberdade em risco ao exaltarem as metas do socialismo, numa época em que se intensificou as reservas quanto ao capitalismo e reforçou o apoio dos cidadãos dos países democráticos ao socialismo. Esta obra se destaca como uma das obras de referência na defesa do liberalismo clássico ou liberalismo econômico.
A tese central de Hayek é que todas as formas de coletivismo, seja o nazismo ou o socialismo, levam inevitavelmente à tirania e à supressão das liberdades, conforme já se evidenciava à época pelos exemplos da Alemanha Nazista, da União Soviética, e dos demais países do bloco comunista. O austríaco argumenta que, em um sistema de planejamento central da economia, a alocação de recursos é de responsabilidade de um pequeno grupo. Face à gigantesca concentração de poder nas mãos de um limitado número de burocratas, divergências acerca da implementação das políticas econômicas levaria inexerovalmente ao uso da força pelo governo para que suas medidas fossem toleradas.
Para Hayek o fracasso das políticas instituídas pelos planejadores centrais seria, segundo ele, sempre justificado pela