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A PERÍCIA GRAFOSCÓPICA NOS ANONIMATOS
PRELIMINARES
O anonimato pode ser casual ou intencional, porém, o mistério é constante em ambos os casos, motivo do interesse desses documentos gráficos.
Os anonimatos decorrentes da casualidade, em geral, apresentam escritas naturais e espontâneas, tais como as cartas e os bilhetes familiares de parentes indeterminados, os documentos históricos sem identificação e outros do gênero.
A solução do mistério do anonimato casual, através da perícia grafoscópica, é uma certeza, desde que haja padrões de confronto do verdadeiro autor, dentre o rol encaminhado aos exames.
Entretanto, nos casos dos anonimatos intencionais ou anonimografias, as escritas são artificiais, em virtude da deliberada intenção do escritor em ocultar a própria identidade, através da dissimulação ou simulação gráfica. O mistério fica ainda maior, nesses casos, pois a obtenção dos padrões gráficos dos suspeitos costuma ser precedida de intensa investigação.
A casuística pericial revela que a ocultação da identidade pela dissimulação se processa através do disfarce gráfico
(autofalsificação), enquanto na simulação tal prática ocorre escrita de terceiros (falsificação).
Assim sendo, a anonimografia de documentos manuscritos envolve, quase exclusivamente, escritas artificiais e paradigmas heteromorfos, caracterizando um estudo grafoscópico da maior complexidade. Mas o anonimógrafo age com dois pensamentos simultâneos, a excitação da fraude e a ocultação de sua idéia, circunstância que invariavelmente o levará a se trair aqui ou ali, motivo do êxito pencial na maioria dos casos.
Registre-se, ainda, que as anonimografias também podem ser produzidas através de escritas indiretas e montagens. Nestes casos, também dificílimos, o perito deve recorrer aos tradicionais exames de
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