Jurgen Habermas
O desenvolvimento urbano do arco ribeirinho de Cacilhas ao Montijo iniciou-se a partir dos locais de acessibilidade fluvial à cidade de Lisboa. A construção da Ponte de 25 de Abril proporcionou uma suburbanização em grande escala no troço ribeirinho de Almada ao Fogueteiro. Na parte nascente desta unidade, a ocupação urbana é descontínua e diversificada existindo núcleos históricos ribeirinhos ainda relativamente conservados e preservados, mas também habitações de má qualidade construtiva e arquitectónica, muito congestionadas e deficientemente equipadas e infra-estruturadas, algumas constituindo ghettos com problemas de exclusão social.
A ocupação industrial tem uma forte presença no arco ribeirinho, porém, a evolução económica das últimas décadas levou à decadência de muitas unidades que se encontram abandonadas ou em processo de abandono – exemplo: LISNAVE. Toda a alteração dos processos de produção e do tipo de produtos, e ainda com o aumento dos sectores do comércio e da armazenagem, criaram movimentos de reorganização espacial das actividades e mais oferta de emprego na península de Setúbal, no sentido geral de deslocalização de actividades do arco ribeirinho em direcção às áreas de Coina e de Setúbal.
As vertentes de Almada viradas para o Tejo constituem espaços naturais de grande valor, constituindo um importante património paisagístico no enquadramento que proporcionam ao rio Tejo e à cidade de Lisboa. Estas vertentes são pontualizadas, junto ao rio, por cais e