juramento

Autonomia e Consentimento Esclarecido. Autonomia significa autodeterminação, auto governo o poder da pessoa humana de tomar decisões que afetem suas vidas, sua saúde, sua integridade físico – psíquica, suas relações sociais. A pessoa autônoma é aquela que tem liberdade de pensamento, livre de coações internas ou externas, para escolher entre as alternativas que lhe são apresentadas ( liberdade de decidir de optar). Não há exercício da autonomia. Além da liberdade de optar, a ação autônoma também pressupõe liberdade de ação, requer que a pessoa seja capaz de agir conforme as escolhas feitas e as decisões tomadas. A autonomia relaciona – se com a percepção da subjetividade de cada pessoa humana. A compreensão da autonomia na relação entre profissionais de saúde – pacientes está condicionada pela concepção do processo saúde – doença. Enquanto a doença era percebida como fruto de magia, pecado, fruto de circunstâncias extra – humanas, as práticas de cura não observavam a autonomia do indivíduo. Ficava – se nas mãos das divindades e de mágicos, feiticeiras, benzedeiras, que por meio de práticas e rituais mágicos, rezas, simpatias e benzeções tinham como função o restabelecimento da ordem natural desequilibrada pela doença.Os responsáveis pelas práticas de cura, de tratamento da doença, eram considerados mais como agentes morais do que técnicos. Porém, por muito tempo, a tradição hipocrática dos médicos, que se estendeu aos outros profissionais da saúde, não estimulou a autonomia do paciente, privilegiando a ação beneficente, por parte dos profissionais, a fazer o bem “ao paciente o cuidar”, ainda que contrariamente à vontade do paciente. A conquista do respeito à autonomia é um fenômeno histórico bastante recente. A partir dos anos 60, movimentos de defesa aos direitos fundamentais da cidadania e dos reivindicativos do direito à saúde e humanização dos serviços de saúde, vêm ampliando a consciência dos indivíduos de sua condição de agentes autônomos. Marco