junior introdução
EDUCAÇÃO DA MULHER
TOBIAS BARRETO E A EDUCAÇÃO DA MULHER
Parte da vida cinquentenária de Tobias Barreto foi dedicada à educação. Ainda em Sergipe, em Lagarto e Itabaiana, foi professor de Latim, com uma titulação passada para toda a Província. No Recife dedicou-se ao magistério particular e tentou, por três vezes, o ingresso no ensino secundário: duas vezes concorreu à cadeira de
Latim, do Curso Preparatório da Faculdade de Direito, perdendo para o seu conterrâneo e parente, o padre Félix
Vasconcelos Barreto, e uma vez à cadeira de Filosofia do Ginásio Pernambucano, passando em primeiro lugar, mas sendo preterido pelo Governo, que deu preferência ao professor José Soriano de Souza, que obteve o segundo lugar, pelo fato de ser casado e Tobias solteiro.
Nos seus jornais, dedicou atenção especial ao problema da educação da mulher e, em geral, à condição feminina, como um pioneiro ainda hoje atual com sua visão inovadora e algumas vezes revolucionária. Seu trbalho sobre A Alma da Mulher, de comentário a Die Psyche des Weibes, de Adolpho Jellinek, judeu alemão, pregador da sinagoga de Berlim, editado em 1873, é um libelo em favor da educação feminina, tema familiar ao autor do projeto nº 129, na Assembléia Provincial de
Pernambuco, criando o Partenogógio do Recife.
Quando deputado, representando o Partido
Liberal e o eleitorado de Escada, no biênio 1878/79,
Tobias Barreto se envolveu na discussão parlamentar, principalmente com o médico Malaquias Antônio
Gonçalves, em defesa de um auxílio, a ser dado pelo
Governo da Província, no valor de cem mil réis, paraque Josefa Felisbela de Oliveira pudesse estudar medicina nos Estados Unidos ou na Suíça. Além de defender a concessão do auxílio, Tobias Barreto apresentou uma emenda em favor de outra moça, Maria
Amélia Florentina, para o mesmo estudo no exterior. No calor da discussão, Tobias Barreto refutou, um a um, os
argumentos