JUNG
A neurose é considerada uma manifestação da perda da harmonia psíquica entre os sistemas, o sintoma neurótico também é mais uma das tentativas autorreguladoras da psique, todos os movimentos energéticos da psique objetivam recompor o equilíbrio permitindo o desenvolvimento harmônico do ser humano, que pode ser traduzido como uma tentativa de autocura. Jung estabelece importantes diferenciações quanto a origem e finalidade entre as manifestações de desordem mental conforme o grau de desordem da pessoa ao seu mundo e ao grau de invasão arquetípica no controle das funções da consciência. A psicose constituiria-se numa total incapacidade de adaptar-se a realidade. A neurose é uma dissociação da personalidade devido à existência de complexos. Ter complexos é normal; mas se os complexos não são compatíveis, a parte da personalidade que é contraditória à parte consciente, se dissocia. Incompatibilidade de personalidade pode causar dissociação, e uma separação exagerada entre moções ( entre o pensamento e o sentimento, por exemplo) já constitui uma ligeira neurose. Quando não há equilíbrio em relação a um determinado assunto, há aproximação da neurose. A ideia de separação psíquica, do consciente e do inconsciente, é a definição mais próxima para neurose. Jung entendia que o inconsciente construía oportunidades e criativas de elaboração e enriquecimento psíquico através da simbolização que a doença se tornava, ou seja, o inconsciente teria uma razão própria para romper o equilíbrio com a consciência e gerar sintoma s neuróticos.Para a Psicologia Analítica quando um desequilíbrio energético se apresenta na forma de “sintoma”, entende-se como a manifestação de uma força, tendência ao aperfeiçoamento daquele ser, em plena atuação. O inconsciente atua visando a recuperação de uma harmonia que permita o crescimento pessoal, segundo os interesse subjetivo (nem sempre conscientes) de determinada pessoa. Assim, não é o aspecto destrutivo ou repressivo