Judicialização da política - resumo
A nossa democracia expositiva têm passado por vários percalços que mancham a sua integridade como beldade política. Todo o sistema democrático vigente no Brasil é o mais puro e solene, sendo pensado para garantir nossos interesses coletivos e individuais bem como nos introduzir no direito, visando a aplicabilidade da justiça. Nós escolhemos os parlamentares, coexistimos com os três poderes vigentes que irradiam sob o sistema político brasileiro, e tudo regido pela nossa Constituição Federal que emana todo o seu poder acerca de tudo. Mas, é claro, isto tudo está apenas escrito. Como não há situação absoluta, convivemos com mudanças sociais diariamente e, consequentemente, mudanças que mudam a política também. Os três poderes (Legislativo, Executivo e Judiciário), ao longo da democracia tiveram disparidades acerca de quem mandaria mais. Houve, em uma época, quem dissesse que o Judiciário funcionava apenas como “boca da lei”, em um tempo extremamente positivista de nossa democracia, sendo o poder que se sobrepunha, era o Legislativo: pois se as leis eram levadas ao pé da letra é quem as dita que detém o poder. A situação vivida no estado anterior ao estado constitucional não era a ideal, pois numa democracia pressupõem-se igualdade, principalmente na tese. Logo após foi fundado o estado constitucional, que torna a separação e medição dos poderes algo triangular: as três pontas de um triângulo iguais, sem qualquer disparidades. Mas no século XXI, temos novamente um poder que se sobrepõe aos demais.
O Brasil descobriu o direito. Com a ascensão das camadas mais baixas da sociedade, veio também o aumento do acesso à justiça e a determinadas regalias que antes eram vistas apenas como destinadas a classes superiores. Essa ascensão tem levado a uma crise de identidade no âmbito direito-político. Sabemos que para um poder funcionar corretamente, deve ter suporte dos outros dois. Mas e quando um poder acaba