José Maria da Silva Paranhos Júnior, o Barão do Rio Branco
Com visão caracteristicamente realista, Paranhos Júnior defendia que o Brasil deveria exercer a liderança na América do Sul, de forma análoga aos Estados Unidos, de quem era admirador e buscou alinhamento.
O mesmo caráter realista foi o que motivou Paranhos a defender veementemente a modernização e reequipamento das Forças Armadas, principalmente a Marinha de Guerra, já que evidentemente, para se ter prestígio, mesmo sendo um país pacífico, era preciso demonstrar um respeitável poder bélico, mas como disse Colorado Bueno, referindo-se ao Barão, “Apesar do seu prestígio e influência, não levou a efeito uma política externa agressiva e arrogante, escudada em ideais de projeção nacional.” (BUENO, 2002, p. 363). O Barão do Rio Branco era adepto da diplomacia de prestígio, e acreditava, que o Brasil, por suas dimensões, economia e organização política, deveria receber maior importância no cenário internacional. Alegava que mesmo a nação não tendo nenhum intuito bélico, pelo contrário, apenas intenções de concórdia internacional, era necessário que estivéssemos preparados para anular qualquer ameaça à defesa nacional, classificando a guerra como a continuação da diplomacia. Nesse contexto, dizia Rio Branco que o diplomata e o soldado são sócios, “colaboradores que se prestam mútuo auxílio. Um expõe o direito e argumenta com ele em prol da comunidade; o outro bate-se para vingar o direito agredido, respondendo à violência com