José Américo de Almeida
O escritor e político paraibano José Américo de Almeida nasceu no engenho Olho d`Água, município de Areia, no dia 10 de janeiro de 1887, filho de Inácio Augusto de Almeida e de Josefa Leopoldina Leal de Almeida. Iniciou seus estudos no engenho onde nasceu, com a professora Júlia Verônica dos Santos Leal. Após a morte do seu pai, aos nove anos, foi entregue aos cuidados de um tio, o padre Odilon Benvindo, que tentou iniciá-lo na carreira eclesiástica, internando-o no Seminário de João Pessoa. Sem vocação, no entanto, deixou o Seminário e ingressou no Liceu Paraibano e depois na Faculdade de Direito do Recife, bacharelando-se em 1908. Depois de formado voltou à Paraíba, onde foi nomeado promotor da comarca de Souza. Ocupou importantes cargos públicos nas esferas estadual e nacional. Foi procurador-geral, consultor jurídico, secretário estadual das pastas do Interior e Justiça e Segurança Pública (no governo de João Pessoa), governador da Paraíba, ministro da Viação e Obras Públicas, ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) e embaixador do Brasil junto à Santa Sé, no governo do presidente Getúlio Vargas, exercendo ainda mandatos de deputado federal e senador pelo seu Estado. Em 1937, foi lançado como candidato à presidência da República, porém em novembro deste mesmo ano, Getúlio Vargas fechou o Congresso Nacional e cancelou as eleições presidenciais, dando início ao Estado Novo (1937-1945). José Américo afastou-se de Vargas, mas continuou como ministro do TCU durante todo o período do Estado Novo, voltando às suas atividades políticas no final de 1944. Eleito senador pela Paraíba, em fevereiro de 1945, recompôs-se politicamente com Getúlio Vargas, voltando a assumir o Ministério da Viação e Obras Públicas, cargo que ocupou até a morte de Vargas em 1954. Candidatou-se à vice-presidência da República, em 1946, mas perdeu a eleição para o senador Nereu Ramos. Em janeiro de 1947, foi