jose rosa - monoteismo, trindade e teologia poltica
7313 palavras
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MONOTEÍSMO, TRINDADE
E TEOLOGIA POLÍTICA
José Maria Silva Rosa
2008
www.lusosofia.net
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Covilhã, 2008
F ICHA T ÉCNICA
Título: Monoteísmo, Trindade e Teologia Política
Autor: José Maria Silva Rosa
Colecção: Artigos L USO S OFIA
Design da Capa: António Rodrigues Tomé
Composição & Paginação: José M. Silva Rosa
Universidade da Beira Interior
Covilhã, 2008
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Monoteísmo, Trindade e
Teologia Política∗
José Maria Silva Rosa
Universidade da Beira Interior
Conteúdo
1. “Que haja apenas um!” . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
2. De Laudibus Constantini . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
3. A doutrina trinitária ou a liquidação da Teologia Política . .
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1. “Que haja apenas um!”
É sabido que Erik Peterson (1890-1960) inicia a sua obra mais famosa, O monoteísmo como problema político: uma contribuição para a história da teologia política no Império romano1 , precisa∗
Publicado in Convergências & Afinidades. Homenagem a António Braz Teixeira, Centro de Filosofia da Universidade de Lisboa / Centro de Estudos de Filosofia da Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica, Lisboa, 2008, pp. 905-918
1
Erik P ETERSON, Der Monotheismus als politisches Problem: Ein Beitrag zur Geschichte der politischen Theologie im Imperium romanum, Leipzig, Hegner,
1935 [El monoteísmo como problema político, trad. esp. da edição Kösel-Verlag,
1951, por A. Andreu, Madrid, Editorial Trotta, 1999].
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José M.S. Rosa
mente com o verso da Ilíada com que Aristóteles termina o livro XII da Metafísica (1076 a), o seu texto teológico por excelência. Reza assim a palavra que Homero põe na boca de Agamémnon: “oúk agathón polykoiraníê: eîs koíranos estô.” / “Non bonum pluralitas principatum: unus ergo princeps.” / “Não é