Jornalistas na 2ª guerra mundial
Durante a segunda guerra mundial, os jornais mais importantes do país, solicitaram autorização para enviarem seus profissionais para a cobertura da guerra. Incialmente foram enviados somente jornalistas de órgãos oficiais.
Ao contrário de outros países envolvidos na guerra, os profissionais enviados não foram escolhidos pela força militas e sim pelo Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), e enviados junto à Força Expedicionária Brasileira (FEB) para cobertura da guerra. É importante ressaltar que não houve nenhum treinamento de guerra para que os jornalistas brasileiros pudessem desenvolver suas funções, foram escalados de última hora, ao contrário dos jornalistas americanos, que passaram por um treinamento militar básico, onde aprenderam a utilizar diversos conhecimentos úteis.
A decisão do DIP de autorizar somente jornalistas da Agência Nacional foi alterada meses depois após o embarque do primeiro escalão, quando o governo cedeu às pressões dos proprietários dos grandes jornais, que solicitavam o envio de profissionais próprios. Liberando assim o embarque desses repórteres para a cobertura da FEB.
O trabalho dos correspondentes da guerra era muito dificultado pelas censuras do Governo Vargas e do Departamento de Imprensa e Propaganda. Os jornalistas brasileiros não ficavam próximos a linha de frente, sendo muitas vezes impedidos de conseguir boas matérias para enviar ao Brasil.
Os jornalistas brasileiros limitaram a fazer de suas reportagens uma grande apenas contando as histórias do que ocorria na retaguarda, devido dificuldade de acesso a linha de frente e a preocupação desses profissionais em não mencionarem nada que fosse censurado. O motivo da censura era para que dados estratégicos não fossem repassados aos inimigos, prejudicando as tropas. E já sabendo disso, antes de enviarem suas matérias, os próprios jornalistas autocensuravam seus trabalhos, tentando prever aquilo que poderia não ser aceito.
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