Jornalismo do Radio
Jung diz que mais de 3.600 estações de rádios são desestruturadas e poucas dão enfoque ao jornalismo. Ressalta os entraves na comunicação de rádio e esclarece: “Comunicação não significa o que é dito, mas o que o outro entende.” Por isso a disputa entre o rádio e os fatores externos – direção do carro, comida, trabalhos manuais etc. – tem que ser considerada, pois todo o ambiente ao redor pode dispersar o ouvinte. O rádio não dispõe dos mesmos recursos que a TV, jornal ou a internet, por isso a mensagem deve ser clara e atualizada. As características mais marcantes do rádio são: velocidade, mobilidade e fugacidade. Isso torna o trabalho ainda mais desafiador. A história do rádio também é exposta pelo autor de maneira esclarecedora e didática. Dando enfoque aos fatos mais marcantes como o “lápis vermelho” de Roquette Pinto, em uma época que o rádio era um entretenimento da elite social. Naquele tempo, o locutor grifava as notícias mais importantes dos principais jornais e reproduzia na íntegra, utilizando, inclusive, o mesmo texto. O autor diz que ainda hoje se utiliza essa prática em algumas emissoras e que isso não se caracteriza como notícia ou jornalismo. Pois, apenas reproduzir as fontes sem apuração ou adaptações no texto é plágio. Ele fala sobre a primeira experiência de rádio no Brasil, esclarecendo vários pontos de polêmica, inclusive na parte sobre o padre Roberto Landell e a Rádio Clube de Pernambuco. Explica as etapas do descobrimento do rádio: do telégrafo, passando pela telefonia e culminando na radiodifusão. Conta a biografia das rádios e locutores que fizeram história nesse País – Rádio Sociedade do Rio de Janeiro; Record;