Jornal Ultima Hora
Quando falamos de imprensa no Brasil, não podemos deixar de citar um dos principais jornais que revolucionou totalmente a maneira de se produzir jornal. Trata-se do Última Hora, fundado pelo jornalista Samuel Wainer no Rio de Janeiro, no dia 12 de junho de 1951. Esse periódico de oposição à classe dirigente e que apoiava os governos de Getulio Vargas, Juscelino Kubitschek e Jango em suas páginas políticas, mas expressar a opinião política era prática de quase todos os jornais da sua época.
Seu pioneirismo foi resultado de um trabalho gráfico, técnico e inovador de produzir jornal, e seu conteúdo, diferenciado para os padrões das décadas de 1950 e 1960, fez com que o jornal tivesse sua circulação expandida para os principais centros do país como São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Niterói, Curitiba, Campinas, Santos, Bauru e ABC Paulista.
Seus exemplares traziam matérias políticas, esportivas, culturais e artísticas. Abriu-se também um espaço para uma nova geração de jornalistas, com suas charges, crônicas e caricaturas que informavam e divertiam. Alguns dos nomes que se destacaram na época foram Nelson Rodrigues, Agnaldo Silva, Arthur Távola, Inácio Loyola Brandão, Jô Soares, Jaguar, Juca Chaves Nelson Motta, Rubem Braga e Walter Negrão.
O Jornal Última Hora foi vendido em 1971para o Jornal Folha de São Paulo que também patrocinava e fundava outras tantas publicações jornalísticas, desde a sua fundação como, por exemplo, a Folha da Manhã S/A.
Durante sua existência o Jornal Ultima Hora teve mais de 60 meses de publicação e que resultou em mais de 36 mil páginas, 54.600 fotografias e 1200 ilustrações. Esse acervo encontra-se digitalizado e disponível ao público no acervo do Arquivo Público do Estado de São Paulo.