Jornal ditadura militar
O general Arthur da Costa e Silva (que foi eleito indiretamente pelo Congresso Nacional de 1967) junto ao seu governo decretou essa semana o Ato Institucional de nº 5, mais conhecido como AI-5.
O AI-5 está sendo o Ato Institucional mais duro de todo governo militar, foi considerado como o “segundo golpe”, suas principais determinações são:
Proibição de manifestações populares de caráter politico;
Suspensão do Habeas Corpus (em casos de crime político, crimes contra ordem econômica, segurança nacional e economia popular);
Censuras prévias para jornais, revistas, livros peças de teatros e músicas;
Concessão de plenos poderes ao Presidente da Republica para cassar mandatos, intervir nos estados e nos municípios, suspender os direitos políticos e dar recesso aos poderes legislativos e executivos e judiciários.
MOVIMENTO ESTUDANTIL: CERCA DE 100 MIL PESSOAS PROTESTAM NO RIO
Cerca de 100 mil pessoas, a maioria estudantes, ocuparam as ruas do centro do Rio de Janeiro e realizaram o mais importante protesto contra a ditadura militar.
Influenciada por um ato politico na Cinelândia, a manifestação pretendia cobrar uma postura do governo frente aos problemas estudantis e, ao mesmo tempo, refletia o descontentamento crescente com o governo; dela participaram também intelectuais, artistas, padres e grande número de mães de estudantes.
O movimento estudantil manifestava-se não apenas contra a ditadura, mas também contra a política educacional do governo, que revelava uma tendência à privatização.
ESTUTANTE É MORTO EM MANIFESTAÇÃO NO RIO DE JANEIRO
Estudantes secundaristas que diariamente faziam as refeições no Restaurante Calabouço iriam realizar mais uma das inumeráveis manifestações pela conclusão do restaurante. Saíam para as ruas, quando a Policia Militar chegou atirando.
O resultado foi trágico: o restaurante foi depredado, muitos estudantes feridos por estilhaços de granadas e atingidos por bombas de gás