Jorge Amado, Capitães da Areia
Vida e Obras
Jorge Amado de Faria nasceu na Bahia, na cidade de Itabuna. Estudou em Ilhéus e fez o colegial no colégio jesuíta de Salvador. Naquela cidade, foi jornalista e boêmio no final da década de 1920.
Em 1930, foi para o Rio de Janeiro a fim de cursar Direito. Desde então, envolveu-se com política, sendo preso varias vezes, acusado de militância comunista. Autoexilou-se na Argentina. De volta ao Brasil, ficou preso entre os anos de 1936 e 1937.
Filiado ao Partido Comunista, foi eleito deputado pela Bahia em 1946. Em 1947, com a decretação da ilegalidade do partido, teve seu mandato cassado. A partir de 1958, viveu única e exclusivamente pra literatura, do chamado “regionalismo baiano”. Seus tipos de historias estão concentrados, não raro, na zona cacaueira de Itabuna e Ilhéus ou na cidade de Salvador.
Sua linguagem é marcada pela oralidade, pela maneira peculiar de falar dos homens da rua, dos jagunços, dos coronéis, das prostitutas, o que lhe valeu critica dos que defendem o purismo da língua.
Sua obra pode ser divida em:
Romances proletários – retratam Salvador, têm forte inclinação para o social. A essa fase pertencem Suor, Pais do Carnaval; Capitães da Areia.
Ciclo do cacau – aqui pertencem as grandes fazendas cacaueiras de Ilhéus e Itabuna, o realismo socialista, a exploração do homem do campo, a denúncia dos explorados rurais, dos exploradores: Terras do sem-fim, Cacau, São Jorge dos Ilhéus.
Romance de costumes – O romance mais conhecido dessa época é Gabriela, cravo e canela.
Jorge Amado no Modernismo Jorge Amado pertence à segunda geração modernista (1930-1945), quando a prosa toma rumos diversos e vai instalar-se na denuncia social, no neorrealismo de temas regionalistas, sobretudo nos nordestinos, e ganha autores importantes como Rachel de Queiros, Graciliano Ramos, Gilberto Freire, José Lins do Rego e muitos outros, além de Jorge Amado. Essa geração é voltada, sobretudo, para os temas do homem, e, no caso dos autores