John Locke

John Locke, filosofo inglês, foi o fundador do empirismo e um dos mais importantes precursores do Iluminismo europeu. Locke reflete sobre diversos temas, mas mais especificamente sobre a problemática epistemológica e sobre o pensamento liberal.
Em um primeiro olhar, o empirismo de Locke parece ser uma posição simples: todo o nosso saber provém da experiência. No entanto, essa impressão é errônea: o empirismo de Locke é uma posição complexa, visando inicialmente a resposta a questão sobre o conhecimento.
O pilar básico da filosofia de Locke é o conceito da ideia, a qual se definiria como cada conteúdo da consciência e formaria o material do saber. Assim, é através da experiência, empirismo, que se formariam as ideias. O ponto de partida do empirismo das ideias é a opinião de que a mente, no nascimento do ser humano, é uma tábula rasa. Locke compara-a a uma folha de papel em branco, que não apresenta nenhum sinal escrito. Uma pessoa não possui propriamente ideias inatas, mas ela dispõe muito bem de capacidades inatas para adquirir ideias: trata-se da percepção sensitiva e da reflexão
O filosofo, ao publicar a obra “Dois tratados sobre o governo civil”, tornou-se teórico da revolução liberal inglesa, dando fundamento as revoluções ocorridas não só na Europa como nas Américas. Locke considera que apenas o pacto torna legítimo o poder do Estado, pois ele afirma que a segurança e a tranquilidade seriam garantidas, uma vez que houvesse o consentimento da população. Esse consentimento é o ponto crucial da teoria de Locke, ao passo que o governante terá que visar o bem público ou poderá ser retira-lo pelo