Jogos pedagógicos: uma proposta para compreensão da geografia dos lugares.
Ricardo Alexandre Marangoni – PUC/SP (mg.ricardo@uol.com.br)
Wilson Fernandes Forti – USP (wilsonprof2010@bol.com.br)
Nosso projeto de trabalho teve início com os nossos estudos sobre “Regiões Brasileiras”. A partir da leitura do livro “Secas no Nordeste” de Fernando Portela e Joaquim Correia de Andrade, os alunos da antiga 6ª série do Ensino Fundamental do Colégio Rainha da Paz e do Colégio Maria Imaculada, ambos de São Paulo, construíram, em 2006, jogos pedagógicos com o objetivo de fixar a aprendizagem e reforçar o desenvolvimento de competências e habilidades.
Durante a construção do material, os alunos tiveram a oportunidade de coletivamente partilhar discussões significativas acerca dos conteúdos estudados. Eles aprenderam raciocinando, construindo e reelaborando o saber historicamente produzido. Muitos superaram visões ingênuas e parciais da realidade nordestina, observando como o capital se reproduz no espaço geográfico. A pesquisa e a elaboração do jogo possibilitaram a construção do conhecimento de maneira lúdica, crítica e criativa.
A confecção dos “jogos pedagógicos” adveio da proposição de “situações-problema” que, segundo Perrenoud, nos proporcionou as bases para essa proposta de trabalho. O autor afirma que o ofício de mestre não é imutável e por isso suas transformações passam, principalmente, pela emergência de novas competências, em especial, com a evolução das didáticas. A esse respeito, desenvolvemos uma proposta metodológica para o ensino de geografia, por meio da construção de jogos pedagógicos, que permite a cada professor rever suas metodologias, ampliando-as e reinventando-as a partir de suas experiências e realidades. Também apontamos para a necessidade de rever nossos programas de ensino de geografia, pois advogamos a idéia de abordar conteúdos conceituais, procedimentais e atitudinais significativos à formação de educandos para o exercício da