Jogo contrário
Jussara Hoffmann
Reflexões:
• O que impede a escola de buscar, além dos conteúdos, as formas de pensamento, da percepção, do conhecimento, do raciocínio, o exercício da investigação?
• O professor chega onde quer ou onde a escola/instituição quer chegar? Quem acompanha quem?
Considerações que respondem as questões
• Há muito a fazer pela aprendizagem dos alunos por conta da massificação do ensino, da desvalorização e da falta de formação dos educadores;
• Para começar o exercício de avaliar melhor os alunos é preciso deixar de ver “todos” os alunos de uma sala para “pousar” o olhar em cada aluno;
• Só assim poderá ver o sujeito em todas as dimensões: afetivas, éticas, estéticas epistêmicas (Becker)
• -Ir além da transmissão dos conteúdos. Não negar a vida privada, reconhecendo o Indivíduo, suas formas de pensamento, de conhecimento, de percepção, de raciocínio: exercitar a investigação.
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-Para uma avaliação mediadora é preciso um olhar sereno, intenso e dedicado sobre as trajetórias individuais, e não o “apressamento” e a superficialidade do olhar em avaliação.
• -As práticas avaliativas para a turma toda, no coletivo, “vale para todos”, deixa muitos alunos no anonimato. É preciso olhar aluno por aluno para poder avaliar aluno por aluno.
“É preciso penetrar no cotidiano dos sujeitos envolvidos para desvelar os distintos significados e ações que ocorrem em seu interior. O conhecimento teórico confronta-se ao alia-se ao trabalho cotidiano, e este redimensiona aquele, numa prática em constante movimento. Esse processo pode ser capturado por um meio de fazer e um pensar em contínua reelaboração” (Richter – 2004)
“Não fomos educados para olhar pensando o mundo, a realidade, nós mesmos. Nosso olhar cristalizado nos estereótipos produziu em nós paralisia, fatalismo, cegueira.” (Madalena Freire