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2206 palavras
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ATÉ QUE A MORTE NOS SEPAREEm cena apenas Alfredo. Ar ansioso, aflito.
ALFREDO - O que eu não daria pra fumar um cigarro! Vinte anos sem dar um trago. Vinte anos perdidos meu Deus... Vinte anos me controlando pra não morrer de câncer de pulmão e morro de enfarte! E agora? Quem é que vai me compensar por todos os cigarros que eu não fumei? Por todas as tragadas que eu não dei! Até brócolis eu comi! Suco de beterraba! Vai ver se eu me concentrar o cigarro aparece. Deve ser assim que as coisas acontecem por aqui. Vou me concentrar! Entra Sabrina. Ela se espanta ao ver Alfredo.
SABRINA – Alfredinho!!!!
Alfredo toma um susto ao vê-la.
SABRINA - É você mesmo Alfredo? Meu ex-marido... Como é possível meu Deus? O que você ta fazendo aqui?
ALFREDO - Eu morri né e pelo visto você também... Deve ser isso! Trouxe o cigarro?
SABRINA - Mas que cigarro? Ficou maluco?
ALFREDO - Como não? Eu penso em cigarro e aparece minha ex-mulher que eu nem sabia que tinha morrido?
SABRINA - Meu Deus... Há quanto tempo à gente não se vê? Cinco anos? E que terno é esse?
ALFREDO – Sei lá, foi o Jober que me deu... Mas sê tem certeza que não trouxe o cigarro?
SABRINA - Não tem cigarro nenhum, idiota!
(De repente entra uma das filhas do casal, cumprimenta o pai e se senta em um banco, lendo uma revista, como se nada tivesse acontecendo).
TATY – Oi papito!
ALFREDO – Essa praga também morreu?
SABRINA – Mas viu Alfredo, você não tinha parado de fumar?
ALFREDO - Na verdade sim. To a mais de vinte anos sem fumar um cigarro. E agora que eu morri não consigo pensar em outra coisa. Deu também vontade de comer um X-burguer, mas depois passou... Sê tem certeza que não tem nada no bolso de vocês. Eu me concentrei e vocês apareceram, só pode ser pra trazer o cigarro.
SABRINA - É essa a única pergunta que tem pra me fazer depois de cinco anos? Se eu trouxe o cigarro?
ALFREDO - Se perguntar como você está você responde o que? Que ta morta.
Taty entra na