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1) A temática da obra é o julgamento de Sócrates e sua tentativa de defesa frente as acusações. A obra é estruturada a partir de diálogos do acusado e é dividida conforme as acusações.
2) Sócrates é acusado de corromper a juventude, de ser ateu, de fazer com que prevaleça a razão mais fraca em detrimento da mais forte e ensinar isso aos jovens, de pesquisar indiscretamente o que há sob a terra e nos céus e de cobrar por seus ensinamentos.
3) Para se defender da acusação de que é ateu, Sócrates diz que Meleto o acusa de ensinar e acreditar em poderes demoníacos, entretanto, aponta a contradição do acusador: não é possível acreditar em poderes demoníacos sem acreditar em demônios, que são considerados deuses ou filhos de deuses. Contra a acusação de que corrompe a juventude, Sócrates cita alguns de seus discípulos ali presentes (incluindo Platão) e diz que alguns deles, já crescidos e amadurecidos, ao perceber que recebera maus conselhos de Sócrates, poderiam levantar-se e acusá-lo ou puni-lo, mas não o fazem pois reconhecem que ele diz a verdade. Sobre a acusação de que ele pesquisa indiscretamente o que há sob a terra e nos céus, Sócrates diz que segue a lei dos deuses e que procura achar algum homem que seja mais sábio que ele, e, por isso, não segue a lei dos homens. Contra a última acusação, a de que ele cobra por seus ensinamentos, ele demonstra que é pobre e não possui nenhuma riqueza.
4) Sócrates pondera que não possui consciência de que é muito nem pouco sábio, mas que o óraculo não está mentindo pois é impossível. Dessa forma, ele sai a procura de alguém que seja mais sábio que ele, interrogando pessoas nas quais acredita que possam confirmar sua hipótese, passando pelo grupo dos políticos, poetas e artífices. Após concluir que nenhum desses era mais sábio que ele, Sócrates conclui que a sabedoria humana tem pouco ou nenhum valor e, os deuses usaram dele para exemplificarem tal ensinamento.
5) Ele afirma que