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OS PRINCÍPIOS DE MEDIDA
A medida tem um papel essencial no processo de investigação.

A credibilidade dos resultados de investigação depende não só do desenho utilizado, mas também da qualidade das operações de medida.

Os fenómenos mensuráveis nas diferentes disciplinas são múltiplos.

O que é suscetível de medida não é o fenómeno em si, MAS SIM AS CARACTERÍSTICAS DESTE.

Por exemplo, no domínio da saúde, um investigador pode interessar-se por fenómenos tais como a ansiedade e a dor, que se manifestam num individuo.

As características observadas representam variáveis e podem tomar diferentes valores numa escala de medida.

Assim, estudantes que fazem um exame de estatística e que foram submetidos a um teste de ansiedade manifestarão níveis diferentes deste sentimento.

A NOÇÃO DE MEDIDA EM INVESTIGAÇÃO
Qualquer que seja a disciplina considerada, a noção de medida reveste-se de uma grande importância na condução da investigação.

O que se visa com a MEDIDA, é avaliar COM A MAIOR PRECISÃO POSSÍVEL os fenómenos estudados.

Definimos a MEDIDA em investigação como A ATRIBUIÇÃO DE NÚMEROS A OBJETOS, A ACONTECIMENTOS OU A INDIVÍDUOS, segundo regras pré-estabelecidas, COM O OBJETIVO DE DETERMINAR O VALOR DE UM DADO ATRIBUTO (Green e Lewis, 1986; Kerlinger, 1973; Nunnally, 1978).

Utiliza-se a quantificação para definir este valor.

Segundo Laurencelle (1998), a medida exprime simbolicamente a «grandeza» de uma dada característica de um objeto.

Os números atribuídos podem ser valores numéricos ou categoriais.

A regra de medida assegura que a atribuição dos números se efetue de maneira constante de um objeto para um outro, de um individuo para um outro. Permite comparar acontecimentos ou fenómenos, por meio de uma unidade de medida constante.

Por exemplo, poder-se-ia utilizar uma regra para atribuir números a categorias que permitam apreciar a mobilidade dos indivíduos: o número 1 poderia significar que uma pessoa pode