Jesuítas na colonização do rj
Os missionários jesuítas estabeleceram-se no Rio de Janeiro, organizando aldeamentos (missões) para catequese e educação de índios, que também serviam como fonte de mão-de-obra e faziam parte de um complexo sistema de defesa da cidade do Rio de Janeiro.
Jesuítas no período da Colonização:
Na História do Brasil a associação entre os membros da Companhia de Jesus, os Jesuítas, e o Estado do Rio de Janeiro é pouco enfocada. Geralmente tal associação se dá apenas no episódio histórico da formação da França Antártica, quando protestantes huguenotes franceses fundaram uma colônia no atual território do Rio de Janeiro, sendo derrotados e expulsos por uma coalizão de índios e portugueses que fora arquitetada pelos missionários jesuítas Manoel da Nóbrega e José de Anchieta. No entanto, foi o Rio de Janeiro palco de diversas outras ações dos jesuítas, como a instalação de colégios, fazendas e, algumas missões, tratadas pela parca historiografia fluminense como aldeias ou aldeamentos jesuítas. Dentre os diversos núcleos missionários, destacava-se a Aldeia de São Lourenço, localizada do outro lado da Baia da Guanabara, na borda direita, onde está atualmente a cidade de Niterói, há 13 Km da cidade do Rio de Janeiro. A Aldeia de São Lourenço, pela sua localização estratégica, não era apenas um núcleo missionário, mas também congregava funções típicas das comunidades coloniais, como o fornecimento de mão-de-obra, abastecimento de gêneros alimentícios e a defesa da entrada da baía que dá acesso ao Rio de Janeiro. Após tentativas iniciais dos padres seguirem até as aldeias indígenas para efetuar as atividades de catequese, tanto os padres jesuítas, quanto o governo geral do Brasil, resolveram inverter o processo, formando aldeias para onde os índios deveriam se dirigir e viver conforme as regras dos missionários. O governo geral deu início à política de aldeamentos religiosos, cuja função primordial seria a de reunir os índios