Jesus cristo libertador
O Livro Jesus Cristo Libertador, um ensaio de Cristologia crítica para o nosso tempo foi escrito pelo Teólogo brasileiro Leonardo Boff. Utilizou-se a 2ª edição do texto publicado em 1972 pela editora Vozes situada em Petrópolis.
Essa edição inicia-se com uma introdução extraída de uma das exposições de Dietrich Bonhoeffer sobre Cristologia em 1933 em Berlim. Argumenta que falar de Cristo deve ao mesmo tempo ser um silêncio, pois estamos diante do “inefável” diante do qual “caímos de joelhos”. É falar e não falar, um silêncio diante da profundidade de Cristo e ao mesmo tempo o desejo de anunciá-lo. Falar de Cristo “é falar da Palavra de Deus”, pois Cristologia é “centro ainda não conhecido e secreto da universitas litteratum.”
No primeiro capitulo sob o título A história da história de Jesus procura dar um panorama das concepções sobre Cristo. Utiliza-se da pergunta neotestamentária “Quem dizem os homens que eu sou?” para abordar as respostas dadas pelos cristãos nos últimos tempos. A resposta da fé tranqüila, tradicional, não faz distinção entre fato histórico e interpretação. Para essa concepção Cristo é o filho de Deus e Deus mesmo, bem como revelou o Espírito Santo.
Já na Era do criticismo, percebendo a não historicidade das narrativas sobre Jesus, constatou-se que se estava diante de testemunhos de fé, uma interpretação teológica dos fatos. O autor procura demonstrar as grandes investidas das pesquisas bíblicas, principalmente, as ocorridas a partir do século XIX aludindo à cisão entre o Jesus Histórico e o Cristo da Fé e todas as interpretações e mediações advindas desse debate.
No segundo capítulo sob o título Como chegamos a conhecer Cristo? O problema hermenêutico, o autor apresentou as formas e os métodos pelos quais se buscou compreender a pessoa do Cristo. Apresenta a Hermenêutica historico-crítica e as abordagens que advêm dessa metodologia