Jesus breve voltará
Norbert Lieth
Tempos finais: a hora de Deus ou coisa de malucos?
[Acontecimentos impressionantes resultam num] caos de "profecias" e previsões sobre a aproximação do tempo do fim. Cristãos também participam dessas especulações, apesar da Bíblia proibi-las: "Por isso, ficai também vós apercebidos; porque, à hora em que não cuidais, o Filho do Homem virá" (Mt 24.44). Ele virá "como ladrão"; é o que está escrito no último livro das Sagradas Escrituras (Ap 3.3). Mas o bom-senso e a razão nos aconselham a pensar no perigo de "um apocalipse encenado por mãos humanas contra a vontade de Deus".
Esse perigo é hoje maior do que no tempo da Guerra Fria, onde o instinto de sobrevivência dos poderosos deste mundo ajudou a evitar um confronto nuclear. Mas esse instinto de autopreservação normalmente não existe para os terroristas religiosamente motivados. Por isso, especialistas em Genebra, Nova Iorque e Haia, em escritórios da ONU e sedes de outras organizações internacionais, acham muito provável que esses fanáticos tentarão tornar realidade o tempo do fim por "se sentirem chamados por Deus".
Longe de ser fantasia
Provavelmente não exista outra preocupação maior do governo dos Estados Unidos e de outros países do que o temor de terroristas virem a apoderar-se de armas químicas ou biológicas de destruição em massa para usá-las contra a população civil, para castigar "a sociedade corrompida" ou para pressionar as autoridades forçando algum tipo de concessão.
"Essa probabilidade cresce a cada dia...", disse um embaixador credenciado na "Organização Para a Proibição de Armas Químicas" (OPCW) em Haia. "Nos tempos da Guerra Fria questionávamos se essas armas seriam utilizadas algum dia. Hoje só nos perguntamos quando isto acontecerá."
Em linguagem clara, isso poderia acontecer da seguinte maneira: em um dia calmo de verão, sem vento, alguém poderia espalhar uma grande quantidade de gás paralisante no horário de maior movimento, em meio