Jessé de souza

945 palavras 4 páginas
No campo da sociologia internacional, assim como na sociologia brasileira, o modelo das ciências sociais do século XX avalia o subdesenvolvimento social brasileiro através do conjunto das noções complementares de personalismo, familismo e patrimonialismo, baseando-se na ideia de uma sociedade pré-moderna, sendo os descréditos sociais de países periféricos como o Brasil, resultado dessa expansão pré-moderna de modelos familísticos para todos os domínios sociais. Enquanto, na sociedade e na antropologia norte-americana inicial do século XX, se tem uma expectativa culturista sem que se consiga um atrelamento apropriado da eficiência de instituições fundamentais, onde a cultura é apreendida como uma instituição homogenia, totalizante e auto referida.
Todavia Jessé Souza dilata outra perspectiva, na qual procura comprovar a naturalização da desigualdade social e a consequente produção do que apelida de “subcidadãos”, como um prodígio de massa em países periféricos de modernização contemporânea, como no caso brasileiro, ficando de modo mais apropriado entendido como um efeito dessa modernização e não apenas uma talvez herança pré-moderna e personalista. Ou seja, para o cientista social essa desigualdade é sequela de um ativo processo de modernização de grandes magnitudes que se inseriu lentamente no país a partir do século XIX.
Assim sendo, essa desigualdade e sua naturalização na vida coloquial são atuais, uma vez que estão conectadas à eficiência de valores e instituições contemporâneas pro meio de sua bem-sucedida importação “de fora para dentro”. Deste modo, a ausência de expectativas do amanhã em países embrionários está certamente atrelada com a redução gradativa dos velhos projetos políticos, ajustados em análises tradicionais. Como por exemplo, essa disposição de se produzir o fetichismo da economia, crendo que somente o crescimento econômico poderia dar fim a problemas como a desigualdade e a marginalização, bem como, o costume de se constituir clivagens

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