Jequitinhonha
A região do Rio do Jequitinhonha localiza-se a nordeste do Estado de Minas Gerais, sudeste brasileiro, e, segundo a Fundação João Pinheiro (1999), pode ser repartida em três zonas bem diferenciadas: o Alto, o Médio e o Baixo Jequitinhonha. O Baixo e o Médio Rio são marcados por grandes propriedades rurais, dedicadas à criação intensiva de gado e à silvicultura, o Alto Jequitinhonha, situado acima do Rio Araçuaí, é caracterizada pelas grandes extensões de terras planas – as chapadas – apropriadas por empresas, contrastando com as vertentes - as grotas - ocupadas pelos terrenos de agricultores familiares.
Segundo Ribeiro[2], o Vale do Jequitinhonha é considerado uma das regiões mais pobres do Estado de Minas Gerais, e, é também considerado pelos parâmetros da UNESCO uma das mais pobres do mundo. Os processos reestruturantes, aos quais o Vale do Jequitinhonha se submeteu, ganham intensidade, sobretudo a partir da década de 50 com a inserção do eucalipto e café mediante subsídios do poder público, a partir da década de 60, neste processo tem início uma relativa valorização das terras da região, gerando impactos sócio-econômicos significativos, sobretudo com o aumento da concentração fundiária. Seguindo o rastro da Constituição de 1946 ocorreu uma enorme fragmentação dos municípios da região gerando unidades político administrativas sem a mínima condição de auto sustentabilidade.
De acordo com a PADES/VALE (Programa de Apoio ao Desenvolvimento Sustentável do Vale do Jequitinhonha) o processo de empobrecimento desta região reflete-se no enfraquecimento das atividades primárias. A