jenkins
1- Questão ou objetivo do autor e estrutura da sua argumentação:
O autor constrói o texto para responder à pergunta que dá título ao capítulo, abordando, inicialmente, o que é a história na teoria (sob o ponto de vista da epistemologia, da metodologia e da ideologia) e, a seguir, analisa a sua prática, ou seja, no que consiste o trabalho dos historiadores. Ao final da sua exposição, como síntese dos argumentos desenvolvidos, Jenkins formula a sua definição, que chama de “cética e irônica” (p. 23), da história.
2- Concepção ou definição de História:
Jenkins apresenta de início, a definição de que a história é um discurso, entre outros, a respeito do mundo e, especificamente, o seu objeto de investigação é o passado (p. 23). Após discorrer sobre a diferença entre passado e história e apontar os limites epistemológicos da história, o autor afirma que o conhecimento histórico sempre está comprometido com a perspectiva, pontos de vista, escolhas e interpretações dos historiadores, embora seja um conhecimento baseado em fontes e submetido a regras de validação (p. 32-33). Outra definição importante que Jenkins formula é a de que a história é “um discurso em litígio”, ou seja, o conhecimento do passado pode ser objeto de disputas, por conta das diferentes formas de interpretação desse passado pelos diferentes grupos sociais (p. 41-43). Por fim, a autor apresenta a sua definição da história como um discurso sobre o passado, elaborado por historiadores no presente, cujos resultados circulam e se difundem nas sociedades, atendendo a demandas e interesses coletivos (pp. 51-52).
3- Relações entre o passado (o que aconteceu) e o conhecimento histórico (discurso sobre o que aconteceu):
A relação entre o passado e os relatos que se tornam conhecimentos históricos é feita através de historiadores. A história pode ser interpretada de diversos modos, portanto devemos estar sempre atentos com os autores das obras, pois estaremos sempre estudando o ponto de vista