JeNeSuisPasCharlie Gabriel
960 palavras
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#JeNeSuisPasCharlieHá ainda o lado que, embora repudie o ataque violento, não defende a liberdade de expressão dos cartunistas, dito que esta liberdade é confundida com o direito à ofensa. Logo, há uma defesa do respeito aos direitos do outro, como a doutrina religiosa e as crenças de qualquer população, como os muçulmanos (tendo em vista que, como já foi dito, um dos princípios do islamismo, que é a não representação de seu profeta, frequentemente foi desrespeitada pelos cartunistas). Quem defende esse ponto de vista apresenta uma serie de argumentos baseados em fatores sociais e históricos que nos permite enxergar através da ótica daqueles que geralmente são atacados e taxados como culpados.
Um exemplo de cunho histórico está no que se diz respeito ao colonialismo franco-britânico em países afro-asiáticos com população, em sua maioria, islâmica (como por exemplo, a Argélia, Marrocos, Tunísia, Egito e Síria), o que pode criar certo ressentimento pela repressão sofrida por essa população. Outro fator, este presente até os dias de hoje, está no imperialismo, principalmente por parte dos EUA, que interfere nos assuntos internos dos países do Oriente Médio em busca da matéria prima mais cobiçada dos séculos XX e XXI: o petróleo. Muitos dos países que sofreram tais interferências econômicas e politicas têm grande parte de seu povo formado por muçulmanos, mais uma vez, podendo criar ressentimentos e revanchismos dessa população contra países colonialistas e imperialistas ocidentais (embora não justifique atos violentos, como esses atentados citados anteriormente).
Como a França possui uma serie de países de maioria islâmica como ex-colônias, há uma grande imigração dessa população para o país europeu em busca de melhores condições de vida. Estima-se que há cerca de 6 milhões de muçulmanos vivendo atualmente na antiga metrópole. Embora essas pessoas possuam igualdade jurídica, não há um tratamento totalmente igualitário, pois estas são marginalizadas e inferiorizadas