Jean paul Sartre
Seu pai Jean Baptiste morreu muito novo deixando Jean Paul órfão aos 15 meses, o que condicionará uma infância muito particular, pois será educado pela sua mãe e pelo seu avô.
Com a morte de seu pai, trouxe a família não se sabe se o mal ou o bem, mas deu a Jean a liberdade. Não sei; mas subscrevo de boa vontade o veredicto de um eminente psicanalista: “Não tive superego.”
O amor-paixão de Sartre pela mãe é uma das chaves de sua juventude, e até mesmo de sua gênese. “ Meu pai tivera galanteria de morrer sem razão(...): saindo a francesa, Jean-Baptiste me recusara o prazer de conhecê-lo. Ainda hoje 1964, espanto-me do pouco que sei sobre ele(...).Mas sobre esse homem, ninguém na minha família, me soube despertar a curiosidade.”
O garotinho recolhido na época por seu avô Charles Schweitzer e com sua filha Anne Marie, pois na ocasião o seu marido Jean Baptiste morrera, eles estavam morando em Meudon (1906-1911), depois em Paris, no Quartier Latin, de 1911 em diante.
O menino brilhante e inautêntico, será ensinado muito cedo por seu avô a ler, e rapidamente logo após ele passa sem parar de ler a escrever, comentando e parodiando seus livros de cabeceira.
Os mil livros da biblioteca do avô o incentivariam desigualmente, pois as histórias em quadrinhos de Nick Carter ou Les Aventures de Pardaillan, como todos os filmes vistos com sua mãe , influenciaram mais Poulou do que Corneille, Voltaire, Hugo ou Balzac, que devia ler e reler frequentemente .
Aos Seis anos, escreveu já Le Marchand de Bananes, Pour um papillon e outros contos de fada, mãe e avô ficam extasiados com suas obrinhas e lhe presentearam com um máquina de escrever , Sartre será severo para as primeiras elucubrações de um garotinho superdotado.
Charles Schweitzer leva um belo dia seu neto a um barbeiro e lá