Jean-luc godard
Godard abandonou o curso de Antropologia na Universidade de Paris, preferiu frequentar os cineclubes de Paris, que aumentavam, e foi em um deles que conheceu um de seus maiores mentores, André Bazin, assim como aqueles que se tornariam seus contemporâneos, como Claude Chabrol, François Truffaut, Jacques Rozier e Jacques Demy.
Criticava a tradição do cinema francês da época, que dava importância a diretores consagrados, sem espaço para os novos. Preferiam os modelos clássicos de técnicas e montagem, e os clássicos eram mais valorizados que as inovações. Sua primeira tentativa de se manifestar contra esse panorama, foi fundando uma revista de cinema, para publicar suas críticas, mas a revista não fez muito sucesso. Quando Bazin fundou a revista Cahiers du cinéma, Godard passa a fazer parte do grupo de críticos em que nela escrevia.
Quando escrevia para a Cahiers du cinéma, dirigiu quatro curtas: Une femme coquette (1955), Tous les garçons s’appellent Patrick (1957) e Une histoire d’eu (1958, co-dirigido com François Truffaut). Godard deixou a publicação para viver inteiramente do cinema, em 1959 fez um curta onde trabalhou pela primeira vez com Jean-Paul Belmondo. Este curta, Charlotte et son Jules, foi uma homenagem a uma de suas influências, Jean Cocteau. Belmondo, ao lado da jovem atriz americana Jean Seberg, também estrelou o primeiro longa metragem de Godard, O Acossado. Feito com um orçamento baixíssimo, o filme foi um dos mais rentáveis de sua época, levando cerca de dois milhões de pessoas ao cinema e dando reconhecimento ao autor.
O Acossado foi co-escrito por Truffaut e com Claude Chabrol como conselheiro técnico. Fez uso de alguns elementos tradicionais do cinema, mas apresentou técnicas cinematográficas nunca vistas anteriormente, como seu uso criativo de jump cuts e na continuidade da montagem. Durante a produção do filme, eram constantes a improvisação dos atores. Essa característica tornou-se uma de suas marcas registradas; como o