Jean de Lery - visão aborigene
Contextualizando com o imaginário sobre os aborígenes que viviam no Brasil, especificamente os tupinambás, inicialmente causam uma duvida sobre as palavras de Cícero que dizia que não há povo por mais selvagem que não tenha idéia sobre a existência de Deus. Pois eles não adoravam nenhuma divindade terrestre ou celeste, não praticavam rituais em local determinado, não rezavam e desconhecem a escrita sagrada e profana.
Quando os viajantes estavam aprendendo a língua nativa, escreviam algumas sentenças e as repetiam, os nativos achavam que eles tinham o dom da profecia e que com magia aprendiam rapidamente a língua, isso também ocorreu na América colombiana. Com medo de serem descobertos pelos poderes dos viajantes, os nativos pararam de mentir e segundo Jean de Lery isso demonstra a superioridade sucessivamente dos habitantes da Europa, Ásia e África e que devem agradecer a Deus por serem superiores aos povos dessa nova terra.
Eis portanto aí um tema de dissertação suscetível de mostrar que os habitantes da Europa, da Ásia e da África devem louvar a Deus pela sua superioridade sôbre os dessa quarta parte do mundo. (LÈRY, 1972, p. 158)
Quando os franceses falavam sobre o Deus único, criador do mundo, os aborígenes ficavam espantados, para demonstrar a grandeza de Deus, quando trovejava, os viajantes diziam que era o poder de Deus grandioso, e os nativos diziam que se ele era poderoso não precisaria intimidar, em resposta a isso Lery diz que o estado desse povo misero é deplorável.
Antes de conhecê-los melhor os franceses acreditavam que de nada eles sabiam de religião, nem a cristã nem alguma pagã, contudo com os convívio viram que eles tinham algumas crenças como na imortalidade da alma, na transferência de energias boas ao se alimentarem de