Bodin começa por definindo no seu livro o que é a Republica, ou seja, o que chamamos hoje de Estado. O Estado é um governo reto, ou seja, um poder político que deve ser subordinado à moral, à justiça e ao Direito Natural. É um domínio exercido sobre homens livres e que, se contrapõe à noção de governo tirânico, que Bodin condenava. E critica Aristóteles, que propunha como finalidade do Estado “viver bem e com felicidade”, uma vez que o Estado deve visar mais alto “a contemplação das coisas naturais, humanas e divinas”. BODIN chama a atenção para que a Republica tem a ver com o governo daquilo que é comum às famílias, ou seja, significa o reconhecimento de que só o que é público compete ao Estado, ao Estado não compete intervir naquilo que pertence à esfera privada das pessoas; nomeadamente não compete ao Estado intervir na vida da família, e no seu esteio material que é a propriedade. A propriedade e a família são, assim, dois limites ao poder soberano A soberania é a ideia nova que Bodin traz para a história do pensamento politico. Não é por acaso que é no século XVI que surgem, pela mão de Maquiavel e de Bodin ,o conceito de Estado e o conceito de soberania; é porque é justamente no século XVI que nasce o Estado moderno europeu, que é um Estado soberano. Para BODIN, a soberania é, o grande fato de unidade e coesão do Estado.Segundo ele, a soberania traduz-se num poder absoluto e perpetuo de uma Republica. A soberania é um poder, ou seja, o fato de impor aos outros um comando a que eles ficam a devem obediência. A soberania é um poder perpétuo, ou seja,que não pode ser limitado no tempo e a soberania é um poder absoluto que não está sujeito a condições ou encargos posto por outro, que não recebe ordens ou instruções de ninguém, e que não é responsável perante nenhum outro poder.
Bodin considera que o primeiro poder em que a soberania consiste, é o poder legislativo, ou seja, o poder de livremente fazer leis e