Jazz no cinema.
ESTER ALVES DE SOUSA SANTOS, Luana.
Em 1900, início do século XX, New Orleans já se mostrava uma cidade cosmopolita em vários aspectos, tanto no populacional quanto no de produção musical, cada raça, povo ou credo, praticavam as suas tradições musicais. Isso se dava ao fato de ser uma cidade portuária, logo, recebia diariamente mercadorias importadas de vários lugares do mundo, principalmente da África e da Europa, e com isso, importava também pessoas, costumes e influências. Nas ruas da cidade, encontravam-se praticantes do folk, da ópera francesa, as danças espanholas, marchas prussianas, canções napolitanas, melodias cubanas, ritmos africanos, blues, spirituals, shouts, ragtime e etc. A existência de duas populações negras na cidade gerou várias competições que atiçavam a criatividade popular. Uma população era a americana, e a outra era a creole¹. Toda essa “cosmopolidade” rendeu a New Orleans o título de “capital do jazz” e até os anos 30, era de lá que vinham os maiores representantes desse estilo musical. O cultivo da tradição franco – espanhola, a presença da influência europeia, popular e erudita ajudaram muito para essa classificação. A cidade possuía um bairro, boêmio, que se chamava Storyville e era lá onde todas essas culturas se encontravam e se fundiam sem preconceito. A música, produzida em New Orleans era conhecida pelo nome de “hot”, devido à articulação presente no estilo, como o vibrato, entoação, articulação e, principalmente a execução individual, e seu estilo valia-se da combinação de três linhas melódicas que se contraponteiam, formadas por um piston, um trombone e uma clarineta. O piston se mostra como instrumento principal enquanto o trombone orienta o seu contraponto e a clarineta, por ter uma ágil condução melódica, adorna o toque de ambos.
Por possuir uma agitação rítmica contagiante e despertar emotividade para todos os sentidos, o jazz é muito