Japão

504 palavras 3 páginas
O comércio sempre foi visto, sob uma ótica mais leiga, como segmento de compra e venda de produtos. O lucro, fator primordial, rege as relações socioeconômicas de maneira que as partes se satisfaçam na aquisição de bens (produtos e serviços).
Entretanto, ao analisarmos os estudos de Marc Bloch e Giovanni Levi acerca da questão agrária na Europa, mais precisamente nos séculos XVII e XVIII, vê-se que há uma abordagem bem diferente desse conceito no que tange prioritariamente à comercialização da terra.
Hoje, o valor de uma propriedade rural é bem definido, há uma diferenciação de preço no que diz respeito à qualidade do solo, quantidade (extensão) e localização do espaço a ser vendido/comprado, além do que existem leis bem definidas sobre a posse da propriedade, que é tratada como um imóvel, que de fato é.
Nesse trabalho, precisamente, falaremos sobre algumas considerações de Bloch sobre a estrutura agrária da época e também o seu valor social para a comunidade. Enquanto na pesquisa de Levi, como a terra contraditoriamente se torna algo comerciável. Para melhor esboçar a situação, será traçado um breve paralelo entre as considerações feitas por ambos.
Bloch afirma que em seu estudo não trata das questões das transformações emergentes com a revolução agrícola, mas discorrer em linhas gerais, sobre os regimes agrários daqueles tempos. (BLOCH, 2001)
O autor faz uma análise mais sociológica e ecológica da situação, citando, por exemplo, o sistema de rotação de culturas, quando trata do Feld-grass-wirscht, que cultiva até o total esgotamento do solo para depois permitir o pousio da terra. Além disso, o pesquisador expõe os tipos de cultura existentes, basicamente o de grãos e o gado (que era de difícil criação para os produtores locais).
Bloch trata também das diferenças entre os tipos de propriedades, os campos abertos alongados, os irregulares e os campos cercados (estes mais individualizados).
Já Giovanni Levi tratará, quase que essencialmente, do viés econômico

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