Japão da industrialização tardia a globalização financeira

INTRODUÇÃO
O Japão, tornou-se, já no início da Primeira Guerra Mundial, uma das grandes potências a disputar espaço na arena política internacional, particularmente na Ásia.
Esse processo foi conduzido por uma elite que havia tomado o poder na Restauração Meiji (1868) e que tinha como objetivo principal, impedir que o país se tornasse uma colônia estrangeira. Para isso, o país tinha que dotar de um exército nacional, instituições modernas e uma indústria nacional capaz de suprir as demandas internas (suprimentos militares). O Japão, após várias guerras, se afirmou definitivamente como potência internacional em 1905, com a vitória sobre os russos.
Na década seguinte, por conta de vigoroso processo de industrialização, a situação financeira do país foi se fragilizando até tornar-se em uma crise de graves proporções. Por conta da Primeira Guerra Mundial, as empresas européias ficaram impedidas de suprir os mercados asiáticos, sendo rapidamente substituída por fornecedores japoneses. Esse boom exportador fez com que o Japão acumulasse reservas e se tornasse um dos credores líquidos do mundo.
No período entre as grandes guerras mundiais, a situação política interna mudou. O fim da ameaça colonial e a substituição da elite Meiji levaram a uma intensa luta pelo poder. De um lado, grupos nacionalistas vinculados as forças armadas, que lutavam contra o consumismo desenfreado e o favorecimento dos interesses dos Zaibatsu (grandes grupos econômicos). Do outro lado estava a elite ocidentalizada que buscava ampliar a integração do país ao Mercado internacional.
Em 1930, três meses depois do início da queda da bolsa de Nova York, o Japão fracassou ao retornar ao padrão-ouro. A crise levou a escalada dos militares ao poder. Seguiu-se a ação militar-colonial na China e em outros países asiáticos, que só foi detida pela derrota frente aos Estados Unidos, marcada pelas bombas atômicas lançadas em Hiroshima e Nagasaki.
A ocupação militar pelas forças americanas em 1945