Japão Antigo
Os cronistas chineses no século I da era cristã, foram quem, pela primeira vez,mencionou o Japão.
Nesta altura, o Japão era um país dividido em muitas comunidadesconhecedoras da metalurgia e da cultura do arroz, ambas importadas docontinente asiático. Estas comunidades ou clãs (uji) eram descendentes detribos provenientes da Ásia continental através da Coreia. Uniram-se em grupos,governados pelo chefe do clã mais forte, considerado um descendente da deusado Sol (Amaterasu) e também um chefe religioso, jurídico, militar e políticosupremo.
À medida que estes clãs se tornaram mais poderosos, as rivalidades entre siaumentaram e a autoridade do chefe máximo viria a ser posta em causa.
A religião nacional e primitiva do Japão, o xintoísmo, era um culto politeísta edos antepassados, misturado com ritos simbólicos, como é o caso dasdivindades da personificação das forças da Natureza.
A influência da civilização chinesa, através da Coreia, fez-se sentir em finais doséculo VI, embora já nos séculos III e IV se conhecessem, pela primeira vez noJapão, a escrita chinesa e a sua literatura.
Todavia, só no século VI os Japoneses viriam a dar provas da sua grandefaculdade de assimilação de outras culturas, o que contribuiu para colocar oJapão no topo dos países mais desenvolvidos até aos dias de hoje.
Nesta época, os japoneses adotaram a escrita simbólica chinesa, bem como osseus costumes, as técnicas e formas de arte, assim como o budismo em 552,acompanhado dos seus costumes e ritos, ainda que o animismo quecaracterizava o xintoísmo não tivesse sido posto de lado. A religião budistadesenvolveu-se, sobretudo, graças ao príncipe regente Shotoku Taishi (593-621), grande impulsionador dos contactos com a China, que, durante o seugoverno, fortaleceu a autoridade imperial e obteve a paz entre os vários clãs,de acordo com os princípios confucionistas da harmonia, decoro e dever.
Por outro lado, foi também o responsável pela introdução da conceção