Janete Clair
Nos corredores da rádio conheceu, em 1945, o radioator Alfredo Dias Gomes. Cinco anos depois, estavam casados e morando no Rio de Janeiro. Em 1948, Janete acompanhou o marido na Rádio América e começou a escrever para ajudar no orçamento familiar. Até 1967, ela escreveria mais de 30 radionovelas, a maioria delas para a Rádio Nacional, onde estreou em 1956, com Perdão, meu filho.
A estreia na televisão aconteceu depois intermináveis recusas. Em 1964, O acusador foi ao ar na TV Tupi. Em 1967, Janete foi chamada às pressas por José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, para ajudar a salvar uma novela da emissora. Anastácia, a mulher sem destino, estrelada por Leila Diniz. As melhorias feitas pela autora, tanto no elenco quanto nos custos da trama foram seu passaporte para a emissora. Entre 1967 e 1969, Janete Clair escreveu três novelas para a Globo: Sangue e areia, Passo dos ventos e Rosa rebelde. As três foram dirigidas por Daniel Filho, que se revelaria o grande parceiro na trajetória da autora. Em 1969, Janete escreveu Véu de noiva, novela das oito que marcou a estreia de Regina Duarte formando par romântico com Cláudio Marzo. A novela foi um sucesso, mas a consagração da autora veio no ano seguinte, com Irmãos Coragem. O folhetim foi responsável pelo início da liderança da Globo na audiência do horário nobre.
A escritora voltaria novamente a criar um grande sucesso com Selva de pedra (1972). O sucesso do par romântico formado por Francisco Cuoco e Regina Duarte foi imenso. Em 1975, Janete Clair estreou no horário das 19h, escrevendo com Gilberto Braga a novela Bravo!. Ela já havia escrito 105 capítulos quando a censura vetou Roque Santeiro, a próxima novela a estrear no horário das 20 horas. Aproveitando o mesmo elenco escalado para Roque Santeiro – Lima Duarte, Francisco Cuoco, Betty Faria e Rosamaria Murtinho – Janete Clair