Jamaica
Sendo a comunicação argumentativa uma relação intersubjetiva, é necessário saber falar de forma a obter a eficácia pretendida – persuadir o auditório, é necessário fazer uso da arte da retórica.
O que é a Retórica?
A palavra retórica deriva da palavra rhêtorikê, que significa «arte da palavra». (Encontramos a Retórica pela primeira vez na Sicília, no século V a.C. Segundo a lenda, Hiéron, tirano de Siracusa, teria proibido aos seus súbditos o uso da fala. Conscientes, assim, da importância da mesma, os sicilianos Coráx e Tísis teriam criado a Retórica, iniciando deste modo o estudo da linguagem, não enquanto língua, mas como discurso.)
A definição mais comum de retórica afirma que a retórica é a arte da persuasão, isto é, uma técnica ou um sistema de regras práticas que possibilitam ao orador obter o assentimento do auditório pelo discurso.
A Retórica assume, assim, no seu início, um carácter pragmático: convencer o interlocutor da justeza da sua causa, aparecendo como a arte da persuasão pela palavra. (Entendida deste modo, a Retórica vai ter como principais representantes os Sofistas, que se intitulam mestres da retórica e cujos principais representantes são Górgias e Protágoras.) (ver outras referências à história da retórica na página 91, 92 e 93 do manual; ler também texto 2 da página 119)
TEXTO
O QUE É A RETÓRICA?
A técnica retórica de Aristóteles consiste nos principais meios ou recursos persuasivos de que se vale o orador para convencer o auditório. Esses meios de persuasão podem classificar-se antes de mais em técnicos e não técnicos. Os meios de persuasão não técnicos são os que existem independentemente do orador: leis, tratados, testemunhos, documentos etc. Os meios de persuasão técnicos são aqueles que o próprio orador inventar para incorporar a sua própria argumentação ou discurso e que se repartem por três grupos, tantos quantas as instâncias da relação retórica: