Jacques ranciere-trabalho de filosofia
CURSO DE LICENCIATURA EM MATEMÁTICA
FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO NO MUNDO OCIDENTAL
CAUÊ TEIXEIRA
FERNANDO GALVÃO SILVA
Fevereiro, 2013
“ A igualdade como princípio, a emancipação como método”
A proposta de Rancière para a arte de ensinar seria solução ou utopia?
Introdução
Se há um conhecimento, este deve ser ensinado. Se há um aluno, este deve aprender. E, se há o professor, este deve transmitir este conhecimento ao aluno. Sendo assim, qual seria a melhor maneira para se transmitir este saber em sala de aula? Normalmente a explicação, que é dada por um mestre àquele que necessita e quer aprender. Afinal, como alguém pode aprender sem ninguém a lhe ensinar? O que Rancière propõe, é mostrar que o aprendizado vai muito além da simples explicação. Mesmo porque, esta explicação nunca parece ser suficiente. Sempre fica aquela sensação de faltar algo que os livros teimam em não satisfazer e o mestre esta ali, na função de explicar qualquer conteúdo da maneira mais esmiuçada possível. Afinal, o professor deve realizar “um conjunto de raciocínios para explicar o conjunto de raciocínios em que o livro se constitui”, como bem definiu Rancière. Esta ordem explicadora parece fundamental para que o aluno aprenda e, quanto mais se explica, mais este espera por explicações. O grande desafio é percebermos que a explicação não é fundamental na educação, que podemos ensinar sem explicar e, o que é ainda melhor, que se pode aprender sem a necessidade do mestre. O que queremos mostrar neste trabalho é um pouco da dinâmica de Jaques Rancière, apoiada nas experiências de Jacotot, sua visão opositora aos ensinamentos Socráticos, tido como libertadores mas que, para ele, Rancière, nada mais era do que uma forma mais danosa do embrutecimento da inteligência. Mostrar que o método de Jacotot, não era um método para instruir o povo, mas para