JACINTO Cristiane Pinheiro Santos
O artigo contido no livro O Maranhão Oitocentista organizado pelos professores Marcelo e Yuri, destaca dois momentos do tráfico de escravos no maranhão, o primeiro se refere ao inicio do tráfico, nessa parte a autora cita Kátia de Queiróz Mattoso, dentre alguns outros autores para caracterizar o trafico transatlantico, mostrando o caráter indispensável do uso da mão de obra africana na dinâmica produtiva brasileira.
O segundo momento que é o de maior destaque a autora fomenta o inicio do declinio do trafico transatlântico e a ascensão paralela do trafico interprovincial, isso na primeira metade do seculo XIX, até então o trafico entre as provincias era bastante incipiente em relação ao transatlantico, porem as pressões inglesas iniciaram um processo de inversão desse quadro.
O primeiro passo foi dado quatro anos após a independencia quando o Brasil assinou um acordo com a Inglaterra no qual se prontificava a abolir o trafico em tres anos. Em 1831 D. Pedro I aprovou uma lei que impunha penalidades aos traficantes de escravos e considerava livres os negros que entrassem no país a partir dessa data. A medida não se efetivou graças aos altos indices de crescimento economico movidos pelo café, que fizeram com que o trafico crescesse paralelamente, a lei de 1931 tornou-se uma “lei pra inglês ver” não correspondendo a realidade. Os ingleses insistiram e em 1845 foi promulgada a Bill Aberdeen que permitia autoridades internacionais apreender embarcações envolvidas com o tráfico de negros, julgando os envolvidos sob a acusação de pirataria.
Mesmo sob tanta pressão inglessa o tráfico não cessou e o trafico atingiu niveis maiores que os do periodo anterior, a partir da decada 1850 com o inicio da inserção de imigrantes lentamente o tráfico vai sendo visto como um enclave para o desenvolvimento, em 1850 Eusébio de