Itinerários turísticos
Para que o estudo do turismo seja efectuado de forma aprofundada, permitindo a integração entre a teoria e a prática, é de fundamental importância que os termos e as nomenclaturas utilizadas no mercado estejam de acordo com a literatura específica, implicando, para isso, que os mesmos sejam definidos de forma clara.
O facto de estudos do turismo e seus termos técnicos serem bastante recentes, especialmente em matéria de itinerários turísticos; a questão da constante alteração que esta actividade está sujeita de modo a dar resposta a dinâmica do local em que é praticada, operada ou agenciada; bem como a pouca ou, melhor, inexpressiva união das empresas que compõem o mercado turístico; são três das principais razões pelas quais é tão difícil existir um consenso nas definições relacionadas ao turismo e, consequentemente, em itinerários turísticos.
Por conseguinte, no dia-a-dia, há ausência de conceitos e critérios para a utilização dos termos associados como sinónimos a itinerários turísticos e que acabam, portanto, recebendo denominação diversa como roteiros turísticos, rotas, pacotes, excursões, circuitos turísticos, programas, entre outros.
Comecemos por citar como, por exemplo, a Dicionários Editora[1] define a terminologia itinerários: “relativo a caminhos; descrição de viagem, roteiro; caminho que se vai percorrer, ou se percorreu; caminho, trajecto, percurso”.
Para Ferreira[2] apud Tavares (2002:11-12), Itinerário Turístico “é o documento que contém a descrição detalhada de um caminho a percorrer em viagem, podendo conter informações diversas de interesse turístico”.
Já Montejano (2001:240), entende que:
“É toda rota ou circuito que passa por um espaço geográfico determinado, onde se descrevem e se especificam os lugares de passagem estabelecendo algumas etapas e tendo em conta as características turísticas próprias – naturais,