Itaboraí - Estudo Socioeconômico 2012
Com a fundação da cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, foram doadas sesmarias nos seus arredores, onde se estabeleceram diversas lavouras de cana-de-açúcar com seus engenhos para fabricação de açúcar e aguardente.
Inicialmente povoada pelos índios tamoios, as terras de Itaboraí, que em tupi significa “pedra bonita”, pertenceram ao antigo município de Santo Antônio de Sá. Seu núcleo começou a se desenvolver a partir de uma capela dedicada a Nossa Senhora da Conceição, na fazenda do Inguá, atual Venda das Pedras.
Com a formação da província fluminense, a localidade é emancipada pelo decreto geral de 15 de janeiro de 1833, sendo o município instalado em 22 de maio do mesmo ano. Atinge elevado grau de prosperidade econômica no segundo reinado e, até 1860, Itaboraí foi uma das mais ricas regiões fluminenses. Porto das Caixas, que até hoje mantém essa denominação, escoava a produção agrícola local e das regiões próximas, sendo o açúcar exportado em caixas, daí a razão do nome.
Com a inauguração da estrada de ferro Cantagalo, penetrando o sertão fluminense, o porto perdeu sua importância comercial, refletindo o seu abandono na economia de Itaboraí. Houve, ainda, uma febre endêmica que grassava em toda a região rural, dizimando parte da população escrava e acelerando o declínio da agricultura no município. Após décadas, algumas indústrias ali se fixaram e os ruralistas passaram a dedicar-se à cultura de cítricos.
Itaboraí se destaca pela beleza e imponência de seus monumentos arquitetônicos, remanescentes do período colonial e imperial brasileiro. A cidade-sede ainda hoje guarda recordações daquelas épocas de prosperidade em construções como a Câmara Municipal e o Teatro João Caetano, entre outras.
II - CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO
Itaboraí pertence à Região Metropolitana, que também abrange os municípios de Rio de Janeiro, Belford Roxo, Duque de Caxias, Guapimirim, Itaguaí, Japeri, Magé, Maricá, Mesquita, Nilópolis, Niterói, Nova